Qual a diferença entre exame histopatológico, biópsia e necropsia?

O termo histopatologia deriva das palavras gregas histos (tecido), pathos (sofrimento) e logia (estudo de) e compreende o estudo microscópico das doenças a nível tecidual. Ao lado da Citopatologia, a Histopatologia é um dos primeiros exames solicitados pelo médico veterinário como ferramenta diagnóstica, provendo ao patologista, informações valiosas acerca das alterações morfológicas específicas de cada doença. É também o principal carro-chefe de grande parte dos laboratórios de Antomia Patológica. O profissional habilitado para oferecer o exame histopatológico é o Patologista Veterinário, representado no Brasil por entidades de classe como a Associação Brasileira de Patologia Veterinária (ABPV). A análise histopatológica é realizada em amostras teciduais de biópsia (i.e. obtidas de um corpo vivo) ou necropsia (i.e. obtidas durante o exame post mortem). Do exposto, fica claro que os termos biópsia e histopatologia não são sinônimos.

Quando solicitar um exame histopatológico?

O exame histopatológico é solicitado por clínicos, cirurgiões e médicos veterinários especialistas ou especializados quando há uma ou mais suspeitas clínicas que demandem investigação diagnóstica por meio da análise de tecidos ou órgãos ao microscópio. Mais especificamente, a histopatologia é usada para confirmação de diagnóstico citológico prévio, gradação histológica de tumores malignos (ex. mastocitoma de alto ou baixo grau, carcinoma mamário grau I, II ou III), no estudo do status das margens cirúrgicas pós exérese de neoplasia, pesquisa de metástase, análise da extensão do processo inflamatório e fibrose, diferenciação entre tumores benignos e malignos, avaliação do nível de invasão dos tumores malignos entre outras inúmeras aplicações. O exame é oferecido por laboratórios privados ou públicos, centros diagnósticos ou ainda por patologistas autônomos.

Coleta e identificação do material antes do envio ao laboratório

As amostras de biópsia podem ser obtidas por punch, tru-cut, endoscopia, curetagem e shaving. A seleção do melhor método depende do tipo de doença, extensão e localização da lesão, acesso cirúrgico, risco anestésico dentre outros critérios. Maiores detalhes relativos as técnicas de biópsia podem ser acessados nos sites da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (https://www.sbd.org.br/tratamentos/biopsia/), clínica Mayo (https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/cancer/in-depth/biopsy/art-20043922), Stanford Medicine (https://stanfordhealthcare.org/medical-tests/b/biopsy/types/punch-biopsy.html) e da American Veterinary Dental College (ACDV) (https://avdc.org/avdc-nomenclature/),  bem como livros texto. As biópsias também podem ser classificadas em excisionais ou incisionais. No primeiro caso, há a remoção completa da lesão ou tumor; no último, apenas parte é removida. Durante a coleta deve-se evitar a manipulação excessiva, a compressão e o pinçamento deliberado das amostras, sob pena de distorção, esmagamento e geração de artefatos que podem dificultar ou mesmo inviabilizar a análise histopatológica.

Toda e qualquer amostra destinada ao estudo histopatológico deve, obrigatoriamente, vir acompanhada da Requisição de Exame. É o que trata os artigos 6º, 7º, 8º e 9º do Capítulo III da Resolução nº 1.374, de 2 de dezembro de 2020 que dispõe sobre a “Responsabilidade Técnica, atividades clínico-laboratoriais, Estrutura e Funcionamento dos Laboratórios Clínicos de Diagnóstico Veterinário, Postos de Coleta e Laboratórios de Patologia Veterinária”. 

Como o Syspath pode me ajudar nesse sentido?

O Syspath, em todos os seus planos de assinatura, segue a Resolução nº 1.374, de 2 de dezembro de 2020 do CFMV conferindo assim alto padrão e credibilidade desde o processo de entrada de dados no sistema até a emissão do laudo para seu cliente.